Laje Armada em uma Direção no Eberick

Você sabe como o Eberick identifica laje armada em uma direção? O critério é diferente daquele utilizado no cálculo manual!

Na faculdade, aprendemos que nas lajes, os esforços são maiores na direção do vão curto. Com isso, quanto maior for a diferença entre os vãos, maior será o esforço no vão curto e menor no vão longo. Por conta disso, no cálculo manual, consideramos como lajes armadas em uma direção aquelas em que a razão entre o vão maior e o vão menor é maior que 2.

Entretanto, no curso Eberick – Pórtico e Grelha vemos que no cálculo por analogia de grelha podem surgir casos em que temos os maiores esforços ocorrendo na direção do vão longo! Conforme é explicado nesse curso, isso ocorre devido à flexibilidade das vigas de apoio.

No cálculo por analogia de grelha, podemos ter casos como o da laje L7 abaixo. Segundo o cálculo do Eberick, L7:

• É uma laje armada em uma direção;
• A direção do vão longo é a direção principal;
• A direção do vão curto é a direção secundária.

Ou seja, o contrário do que faríamos no cálculo manual!

Mas afinal, qual é o critério do Eberick?

O Eberick considera como laje armada em uma direção aquela em que o momento positivo máximo em uma direção é inferior a 20% do momento positivo máximo na outra direção. Faz sentido esse critério? Resolvi averiguar!

Para tal, analisei a tabela de Bares para cálculo manual de lajes e considerei a legenda abaixo:

• lx – vão curto
• ly – vão longo
• Mx – momento positivo máximo na direção do vão curto
• My – momento positivo máximo na direção do vão longo

Peguei nas tabelas os casos em que ly/lx = 2 e analisei a relação My/Mx.

Conclui que em todos os casos da tabela de Bares, com exceção do caso 4B, a relação My/Mx foi maior do que 20%. Ou seja, com exceção do caso 4B, o critério do Eberick ficou mais restritivo do que o critério do cálculo manual. Mesmo no caso 4B, a diferença foi pouca.

Logo, o critério do Eberick está coerente!

Mas porque surgem essas diferenças entre o modelo de teoria de placas e a analogia de grelha? Será que um dos dois está errado? Descubra no curso Eberick – Pórtico e Grelha.