Análise da Grelha do Eberick 1/3
Nessa série de artigos nós vamos fazer uma análise da grelha do Eberick a partir de um projeto elaborado pelo engenheiro Gustavo Almeida, aluno do curso de Configurações de Projeto do Eberick.
Trata-se de uma edificação residencial comum, sem nada extravagante. Você pode se deparar com os mesmos problemas ao elaborar o projeto de uma residência ou de um edifício de pequeno porte. Vale a pena acompanhar a análise:
Antes de irmos para a grelha, vamos dar uma olhada no detalhamento das lajes na busca de indícios dos possíveis pontos críticos que mereçam mais atenção.
Analisando a direção horizontal
a) Observando o detalhamento abaixo, faz todo sentido essa laje L3 precisar de mais aço, devido às suas dimensões. Mas faz sentido L5 pedir a mesma quantidade de armadura? Pode ser que sim, dependendo da carga atuante! Mas precisamos investigar.
b) O mesmo podemos ponderar abaixo para L6. Por que precisa de tanto aço a mais do que L8 se são lajes parecidas? Será que a carga em ambas é tão diferente assim?
c) Ainda observando a imagem anterior. Repara agora em L7… Aqui a situação parece ser inversa. Será que não tem aço de menos nela? O Eberick detalhou a armadura a cada 33cm. Por norma, isso só é permitido na direção secundária de lajes armadas em uma direção.
Isso indica que o Eberick está considerando L7 como uma laje armada em uma direção e essa é a direção secundária. Mas está estranho, não acha? Essa direção teoricamente era pra ser a direção principal (vão curto).
Analisando a direção vertical
d) Partindo agora para a armadura na direção vertical, vamos iniciar analisando L1 e L4. As armaduras detalhadas em ambas estão altas e estão ancorando na laje adjacente. Esse último fato nos leva a crer que a laje está apresentando momento positivo junto ao apoio entre essas duas lajes, sendo que o normal de se esperar seria haver momento negativo nessa região. Vamos investigar!
e) Aqui L5 está apresentando o mesmo problema que visualizamos para a L7 (direção horizontal).
Analisando abaixo a forma da estrutura e as cargas atuantes, por enquanto, podemos concluir que:
a) Era de se esperar que L5 apresentasse esforços maiores na direção do vão curto (que coincide com a direção da parede)… Mas a armadura indica o contrário. VAMOS ANALISAR MELHOR NA GRELHA DO EBERICK!
b) Com relação à L6, esta realmente tem bem mais carga do que L8 (paredes apoiadas sobre ela), logo o detalhamento faz sentido.
c) À primeira vista, espera-se L7 com maior esforço no vão curto, mas as lajes adjacentes podem estar impactando. VAMOS ANALISAR MELHOR NA GRELHA DO EBERICK!
d) À primeira vista, deveria haver momento negativo no apoio (V3). VAMOS ANALISAR MELHOR NA GRELHA DO EBERICK!
e) Já comentado no item “a”.
No próximo artigo veremos a grelha e os resultados da janela de dimensionamento para investigar se os resultados estão coerentes.
Descubra aqui como fazer análises avançadas no pórtico e na grelha do Eberick.
Até lá.